A Câmara dos Vereadores de Belford Roxo está sendo alvo de investigações do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e do Ministério Público do Rio (MPRJ) devido à falta de transparência em suas ações. Mesmo sendo um município com a terceira pior economia do estado, a Casa Legislativa continua realizando contratações e conta com quase 500 funcionários, sem que se saiba exatamente qual é o custo dos salários de todos esses servidores.
Com 12 parlamentares apoiando o prefeito Waguinho (Republicanos) e 13 fazendo oposição, sob a presidência de Markinho Grandra (União Brasil), a Câmara tem sido alvo de polêmicas desde o início do mandato. A eleição para a presidência foi marcada por disputas judiciais e até agressões físicas, como o caso em que o prefeito Waguinho foi flagrado agredindo um homem dentro do plenário.
Recentemente, o vereador Danielzinho (Republicanos) denunciou diversos atos do presidente, incluindo a nomeação de 134 novos assessores no início do mandato. Além disso, foram criados novos cargos em comissão e uma nova gratificação, a de dedicação excepcional aos servidores, cujo valor é decidido pela presidência, independente da disponibilidade financeira.
Após o TCE determinar que a Câmara volte a publicar os salários de todos os servidores, a presidência enviou as informações, mas sem o valor dos salários de cada um dos servidores. A alegação é de que a empresa responsável pela elaboração dos contracheques apagou os dados, e que a Câmara está buscando ajuda para recuperá-los. Enquanto isso, o Portal da Transparência apenas lista os nomes e cargos dos servidores, sem os salários.
Diante de toda a polêmica, a falta de transparência e as suspeitas de irregularidades, a Câmara dos Vereadores de Belford Roxo permanece sob investigação do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público do Rio, aguardando esclarecimentos e providências.