A Polícia Militar do Rio de Janeiro passou a monitorar a Rodoviária do Rio, que fica na zona portuária da cidade, com câmeras de reconhecimento facial nesta semana. A iniciativa, em funcionamento desde o réveillon, foi responsável por mais de 200 prisões de foragidos em menos de 6 meses.
Com um total de 43 câmeras, o monitoramento é realizado pela corporação através de um software de reconhecimento facial integrado com o sistema nacional de mandados de prisão. As câmeras, já instaladas, serão monitoradas pelo Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar.
O secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, destaca que além de localizar foragidos da Justiça, o sistema também permite um monitoramento mais eficaz do espaço da rodoviária, o que proporciona maior agilidade em situações complexas, como o sequestro ocorrido em março deste ano.
Até o momento, o sistema resultou em 200 prisões, sendo metade delas por falta de pagamento de pensão alimentícia. Roubo, homicídio, tráfico e furto estão entre os principais crimes dos detidos.
Medidas de segurança na Rodoviária
Em março deste ano, um sequestro na Rodoviária do Rio evidenciou a necessidade de reforço na segurança do local. Após o incidente, o governador Cláudio Castro solicitou um plano de segurança por parte da concessionária, que já conta com câmeras de vigilância, vigias patrimoniais e a presença da Polícia Militar.
Apesar da legislação vigente desde 1997, que prevê a instalação de detectores de metais em rodoviárias, a Rodoviária do Rio alega dificuldades jurídicas para sua implantação, devido à limitação dos funcionários em realizar revistas nos passageiros. O Ministério Público também concluiu que há deficiência na regulamentação da lei nesse sentido.
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