A comunidade Cavalo de Aço, na Zona Oeste do Rio, volta a ser palco de tragédia após um tiroteio na noite da última quinta-feira (31) resultar na morte de um presbítero da região. Luiz Carlos Martins, conhecido como "Guigui", foi a terceira vítima fatal do confronto que já havia ceifado a vida de um policial penal e de uma criança de 8 anos.
Testemunhas relatam que Guigui estava próximo ao carro do policial penal quando foi atingido por um dos disparos efetuados por traficantes da localidade. A família da vítima garante que ele não tinha envolvimento com o crime e foi vítima de bala perdida.
Guigui, que era presbítero em uma igreja local, deixa esposa grávida de 4 meses e duas filhas. A irmã da vítima, Raquel Cristina, desabafa sobre a dor da perda: "Ele só estava na hora errada no lugar errado. Ele fazia a obra de Deus, tava buscando a salvação dele. A filha dele faz aniversário amanhã, estava no ponto de ônibus. Minha mãe está a base de remédio, desolada. Tá difícil viver aqui, quantas vidas vão ser levadas? Quantas mães vão ter que chorar?".
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso e busca entender a dinâmica do tiroteio. A Secretaria de Administração Penitenciária também se manifestou, lamentando a morte do policial penal e abrindo uma sindicância para apurar as circunstâncias do fato.
A morte de Guigui, somada às de outras duas pessoas inocentes, deixa a comunidade Cavalo de Aço em luto e em um clima de insegurança. Moradores cobram das autoridades medidas eficazes para combater a violência e garantir a segurança da população.