A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva do pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, que confessou estuprar e matar a menina Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos. A decisão pela manutenção da prisão – inicialmente em flagrante – se deu em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (29).
"Os fatos narrados revelam a gravidade concreta do delito e altíssima periculosidade do indiciado para a coletividade. Os elementos do APF (auto de prisão em flagrante) demonstram que o custodiado praticou um assassinato brutal, causando intenso sofrimento e tirando a vida de uma criança, o que indica a necessidade de sua prisão cautelar. Assim, ao menos neste momento inicial, verifica-se que a liberdade do custodiado representa extremo perigo à sociedade, sendo insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão", afirmou o juiz Alex Quaresma Ravacha, da 31ª Vara Criminal.
Edilson confessou o crime, segundo o delegado Felipe Santoro, titular da 37ª DP (Ilha do Governador). Ele foi preso em flagrante por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver. A criança levou, pelo menos, 35 facadas: na nuca, no peito, nas pernas e nas costas.
O corpo de Sophia foi encontrado em uma caçamba de lixo na Ilha do Governador na terça-feira (28). Edilson é irmão da ex-madrasta de Sophia.
“Ele demonstrou extrema crueldade e agressividade ao desferir, aproximadamente, 35 golpes de facas contra a criança. Após o crime, ele planejou como ocultaria o corpo e decidiu dispensá-lo em uma caçamba de lixo para garantir sua impunidade pelos crimes, já que o lixo daquela caçamba seria triturado na usina do Caju e seria muito difícil a localização do corpo”, disse o delegado Felipe Santoro.
Os parentes de Sophia, desolados com a perda, cuidam dos trâmites para a liberação do corpo. “Tá dolorido, estou destruído. Ele não merecida estar aqui pelo que ele fez com a minha filha. Ele não merece perdão. Todo mundo amava a minha filha. Ele arrancou uma parte de mim", afirmou Paulo Sérgio da Silva, pai da menina.
Edilson deixou a delegacia sob protestos e xingamentos e passou a noite na Polinter, na Cidade da Polícia. O caso chocou a população da região e aguarda por mais detalhes dos laudos finais da perícia para revelar a extensão da crueldade do crime.