Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) cumpriram, na manhã desta terça-feira (28), 17 mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha suspeita de desviar cabos de uma empresa de telefonia. Os alvos são investigados por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Agentes apreenderam 3 toneladas de cobre de origem duvidosa.
De acordo com as investigações, a quadrilha chegou a movimentar R$ 300 milhões em 1 ano. Os principais alvos da Operação Família S.A. são pai e filho: Celso Nery e Eduardo Nery. Após o desvio, eles e um outro integrante da família revendiam o material aos ferros-velhos, dando aparência de negociação lícita. O esquema envolvia transferências entre membros da mesma família.
A investigação — que teve início em agosto de 2023 — revelou detalhes de uma complexa rede criminosa, com estrutura familiar. Após a prisão em flagrante de 3 indivíduos encontrados com grande quantidade de cabos de telefonia em um galpão de reciclagem na Baixada Fluminense, a Polícia Civil passou a rastrear o material. Os detidos revelaram que os cabos, identificados como pertencentes à companhia telefônica Oi, eram desviados.
Segundo a polícia, são 12 pessoas investigadas por envolvimento no crime. As ações da DRF também pretendem orientar os proprietários dos ferros-velhos e recicladoras a respeito do Decreto 48.555, de 20 de junho de 2023, e da Resolução 506, de 2023, da Secretaria de Estado de Polícia Civil, que regulamentou a concessão do Cadastro de Estabelecimento de Reciclagem (CER), em conformidade com a Lei 9.169/2021. Ao obterem o CER, os responsáveis pelos ferros-velhos recebem acesso ao aplicativo Sucata On-line, da Polícia Civil, que visa ao controle de todo o material adquirido pelos estabelecimentos, com fotos e dados dos vendedores e das mercadorias que estão sendo comercializadas.