Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, afirmou na quarta-feira (17) que a empresa defende a liberdade de expressão, desde que a opinião publicada não seja crime. A declaração foi feita durante o evento de tecnologia e inovação Web Summit Rio 2024

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Liberdade com responsabilidade:

"O exercício da cidadania pressupõe a liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão não inclui homofobia, racismo e o crime de ódio", disse Fábio durante o evento na Zona Oeste do Rio.

Resposta a Musk:

A fala do executivo acontece dias após ameaças e ataques do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinavam a suspensão de perfis dessa plataforma.

Empresas sujeitas à lei:

"As empresas, as plataformas, estão sujeitas ao arcabouço legal do país. Decisões em primeira instância podem ser discutidas, mas quando chega na suprema corte, no Supremo Tribunal Federal, essa decisão tem que ser cumprida. A internet não é um espaço onde vale qualquer coisa", comentou Fábio Coelho.

Luta contra a desinformação:

Fábio Coelho participou do painel "Aproveitando a IA para um futuro melhor". No evento, ele também contou como o Google lida com "fakes news" e quais são as estratégias da empresa para impedir a propagação de notícias falsas.

Responsabilidade das empresas:

"Todas as empresas têm que ter responsabilidade para tratar das questões da desinformação", disse o executivo. Ele afirmou que o Google tenta valorizar conteúdos de qualidade e remover rapidamente o conteúdo de baixa qualidade com a ajuda de algoritmos.

Respeito às decisões judiciais:

"E, finalmente, temos que respeitar as ordens judiciais, principalmente as da Suprema Corte, que estão aí para serem cumpridas", completou.

1. Papel do cidadão:

O presidente do Google Brasil também falou sobre o papel do cidadão na batalha contra a desinformação. Fábio Coelho afirmou que as pessoas podem ter opinião, mas não devem repassar aquilo que sabem ser "fake news".

Combate às 'fake news':

"O contraditório é importante. Deixar as pessoas ter opinião é super importante, mas aquilo que são realmente fake news tem que ser removidas da internet".

"O cidadão também tem um papel nisso ao não repassar coisas que a gente sabe que são fake news", finalizou.

Pontos-chave da fala de Fábio Coelho:

Liberdade de expressão com responsabilidade: defender a liberdade de expressão, mas repudiar crimes de ódio como homofobia, racismo e discurso de ódio.

Submissão à lei: empresas e plataformas digitais devem estar sujeitas às leis do país e cumprir decisões judiciais, principalmente as do Supremo Tribunal Federal.

Combate à desinformação: as empresas têm responsabilidade de combater a desinformação, valorizando conteúdos de qualidade, removendo rapidamente conteúdo de baixa qualidade e respeitando decisões judiciais.

Papel do cidadão: as pessoas devem ter senso crítico e não repassar notícias falsas que sabem ser inverídicas.

O que esperar do Google:

Maior investimento em ferramentas para identificar e remover conteúdo falso.

Maior transparência sobre seus algoritmos e como eles influenciam o que as pessoas veem online.

Maior colaboração com a sociedade civil e o governo para combater a desinformação.

O que o cidadão pode fazer:

Verificar a fonte das informações antes de compartilhá-las.

Ler notícias de fontes confiáveis e diversificadas.

Pensar criticamente sobre o que lê e vê online.

Denunciar conteúdo falso para as plataformas digitais.

Participar de iniciativas de combate à desinformação.

Juntos, podemos construir uma internet mais segura e confiável para todos.