O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo condenou o pré-candidato à prefeitura da capital paulista Guilherme Boulos (PSOL) a pagar uma multa de R$ 53,2 mil por divulgação irregular de pesquisa eleitoral. A condenação veio em resposta a uma ação movida pelos partidos MDB, do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes, e PSB, da pré-candidata Tabata Amaral. A assessoria de Boulos afirmou que a "pré-campanha vai recorrer" da decisão do TRE.
A publicação em questão nas redes sociais de Boulos afirmava que ele liderava "contra qualquer bolsonarista". A pesquisa indicava Boulos com 34%, Nunes com 29%, Salles com 12% e Pontes com 11%. No entanto, o juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz apontou que Boulos teria misturado dados de outras pesquisas, induzindo o eleitor ao erro. A pesquisa, encomendada pelo Portal R7 em parceria com a TV Record, não avaliou um cenário com os candidatos mencionados por Boulos, tampouco incluiu todos os concorrentes.
Além disso, o cenário divulgado por Boulos excluiu o pré-candidato Padre Kelmon, que tinha 1% das intenções de voto, e não mencionou outros candidatos como Kim Kataguiri (União Brasil) e Tabata. Para o presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo, Enrico Misasi, a atitude de Boulos é condenável e a população deve estar atenta para evitar manipulações e distorções de informações. A pré-campanha de Tabata ressaltou que a divulgação de pesquisas falsas para manipular o eleitor é ilegal e uma afronta à democracia.