Três suspeitos morreram em um confronto com a Polícia Militar na comunidade Santa Cruz dos Navegantes, no Guarujá, na manhã da última sexta-feira (16/02/2024). De acordo com apurado pelo ND1, entre os mortos, está um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no litoral, Rodrigo Pires dos Santos, popularmente conhecido como Danone, que comandava assaltos e o tráfico de drogas na facção na região.
Ainda no ano de 2015, ele foi preso por atirar contra uma lancha da Receita Federal após arrastão no Shopping Ferry Boat Plaza, na cidade de Guarujá-SP. Rodrigo também já foi preso por tráfico de drogas e roubo, segundo checagem da reportagem.
De acordo com informações disponibilizadas pela polícia, Danone era “torre” do PCC no Guarujá, uma espécie de gerente regional da facção. Na hierarquia da organização criminosa, ele só prestava contas ao chamado “sintonia final” da Baixada Santista.
A identidade dos outros mortos na incursão ainda não foi divulgada. Os suspeitos chegaram à ser socorridos para a UPA Rodoviária, mas não resistiram. A ocorrência será registrada na Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) na cidade de Santos-SP.
Policiais do Comando de Operações Especiais atuaram na ocorrência. Segundo o delegado Antônio Sucupira, titular da Delegacia do Guarujá, a perícia está no local. Ele não deu detalhes sobre as circunstâncias das mortes.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, comemorou a ação policial que culminou com a morte de Danone. “Integrante de organização criminosa, ele atuava no tráfico internacional de drogas e é suspeito por envolvimento em atentado contra a vida de agentes públicos”, escreveu o agente do alto escalão do governo de São Paulo.
Derrite ainda postou um vídeo em que Danone aparece dando tiros de fuzil durante uma suposta festa do PCC na Baixada. “Cenas como essa ocorriam na região sem que houvesse o devido trabalho de inteligência para enfrentá-las”, postou o secretário.
Com a incursão desta sexta-feira (16/02/2024), sobe para 25 o número de mortes em ações policiais registradas na Baixada Santista desde 27 de janeiro, quando foi instalada na região uma nova fase da Operação Escudo, rebatizada de “Operação Verão III”.