Em uma estranha matéria, o filósofo Roberto Mangabeira Unger, que foi ministro do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 2007 a 2009 e apoiou o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) em suas campanhas, segundo a manchete, pretende ingressar com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) em favor de Jair Bolsonaro (PL), tornado inelegivel visando evitar uma eventual prisão do ex-mandatário no âmbito dos inquéritos que apuram a intentona golpista do dia 8 de janeiro do ano passado, amplamente coberta pelo ND1 na ocasião.
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Mangabeira já consultou amigos na área jurídica, políticos e o próprio Bolsonaro sobre os processos que o ex-mandatário responde. Mas em apuração desta coluna, Roberto Mangabeira diz que essa manchete é falsa e não procede. O que é mais estranho é que o renomado professor da Universidade de Harvard não quis comentar sobre a situação juridica de Bolsonaro, que não precisa de especialistas em direito para saber, está sim - por um fio.
Ainda segundo a reportagem, “o filósofo afirma que é preciso reconciliar o país, e que para isso seria importante que Bolsonaro seja poupado de uma prisão que poderia radicalizar os ânimos de seus apoiadores”.
Mangabeira tem demonstrado preocupação com o fato de Bolsonaro ter sido declarado inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e considera mais democrático se ele pudesse concorrer, disputando com Lula a narrativa sobre políticas públicas para o país. O meu respeito por Mangabeira é enorme, mas esse é o tipo de decisão se for corfirmado mesmo, se contrapõem com à vasta e respeitada trajetória do brilhante professor.
O filósofo Roberto Mangabeira Unger afirmou ser falsa a informação de que ele pretende apresentar um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal para evitar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A possibilidade foi inicialmente ventilada pela jornalista Mônica Bergamo na Folha, como citado acima nesta coluna.