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Radar revela pirâmides ocultas na selva Amazônica feitas por civilizações antigas

Calçadas e canais se estendem por quilômetros, testemunhas silenciosas de uma civilização perdida.

Elise Ventura
Por: Elise Ventura
28/11/2023 às 16h45
Radar revela pirâmides ocultas na selva Amazônica feitas por civilizações antigas
Reprodução da internet

Nas misteriosas Planícies de Moxos, na região sudoeste amazônica, escavações iniciadas há mais de dois anos revelam vestígios intrigantes da presença humana no início do século 16. Calçadas e canais se estendem por quilômetros, testemunhas silenciosas de uma civilização perdida. Apesar das adversidades da área, que inunda durante vários meses por ano, a pesquisa ganhou um impulso revolucionário com a aplicação da tecnologia. LIDAR.

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Pesquisadores do Instituto Arqueológico Alemão e das Universidades de Bonn, na Alemanha, e de Exeter, no Reino Unido, empregaram, pela primeira vez na Amazônia, o laser aerotransportado LIDAR. A tecnologia permitiu uma análise detalhada do terreno, mapeando 200 km² da região associada à cultura Casarabe. Dois sítios significativos, com 147 e 315 hectares, foram identificados, revelando estruturas complexas.

Estudos anteriores situam a cultura Casarabe entre 500 e 1400 d.C., ocupando uma vasta extensão de 16 mil km². O novo levantamento destaca uma área central em terraços, paredes de vala e intrincados sistemas de canais. A falta de certeza quanto à população desses assentamentos gigantes sugere uma sociedade complexa e densamente povoada.

Modificações nos assentamentos, como expansões nas valas de muralhas, indicam um aumento considerável da população. Caminhos e canais conectavam os assentamentos, com distâncias de apenas 5 km entre eles. Carla James Betancourt, pesquisadora envolvida, ressalta que "toda a região foi densamente povoada, um padrão que derruba todas as ideias anteriores".

O mapa revelou o impressionante sítio Cotoca, o maior assentamento da cultura Casarabe conhecido. Com praças, plataformas em forma de U e pirâmides cônicas de até 22 metros de altura, esse local proporciona insights valiosos sobre a complexidade arquitetônica da civilização.

Os pesquisadores destacam a urgência em compreender o funcionamento desses centros regionais antes que se percam para sempre. A expansão da agricultura mecânica ameaça destruir mensalmente estruturas pré-colombianas nas Planícies de Moxos. Betancourt enfatiza a importância crucial do LIDAR na preservação desse patrimônio cultural único.

À medida que escavamos as Planícies de Moxos, as camadas do passado revelam uma narrativa intrigante da cultura Casarabe. A aplicação pioneira do LIDAR abre novos horizontes, revelando assentamentos gigantescos e desafiando nossas concepções prévias. A pressa em compreender e preservar torna-se evidente diante da ameaça iminente da expansão agrícola. A pesquisa está apenas começando, mas cada descoberta é uma janela para o passado, um tesouro que merece ser protegido.

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