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Obras de revitalização do Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio, são entregues

Local foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2017 e é reconhecido como tendo sido usado como o principal cais de desembarque de pessoas escravizadas na cidade.

Elise Ventura
Por: Elise Ventura Fonte: G1
23/11/2023 às 11h56
Obras de revitalização do Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio, são entregues
Reprodução da internet

As obras de revitalização do Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, foram entregues na manhã desta quinta-feira (23).

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O local foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2017 e é reconhecido como tendo sido usado como o principal cais de desembarque de pessoas escravizadas no Rio.

Entre as intervenções que pretendem ressaltar a importância do espaço estão um novo guarda-corpo, iluminação e sinalização informativa no padrão da Unesco. O local também recebe a exposição: "Valongo, Cais de Ancestralidades", que conta a história do local e a relação com a região conhecida como Pequena África.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do Cais do Valongo. "A memória é uma forma de educar para o futuro", disse o ministro.

Segundo a coordenadora de Cultura da Unesco, Isabel de Paula, o local marca a a relação entre Brasil e África.

"A África é uma prioridade global da Unesco e esse lugar marca a relação entre a África e o Brasil. Uma relação que precisa ser valorizada."

O Cais do Valongo foi revelado durante as obras do Porto Maravilha, realizadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2011. Em 2017 foram iniciadas as negociações para o projeto de revitalização do sítio arqueológico.

"O significado dessa lavagem é para trazer amor, felicidade e harmonia para um lugar que foi palco de atrocidades. Trazer a alegria do batuque e dança para homenagear a memória dos nossos ancestrais. Se eu sou quem sou hoje, eu agradeço a eles", diz mãe Celina de Xangô.

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O local recebeu mais de um milhão de pessoas escravizadas entre 1774 e 1831. O espaço passou por um processo de apagamento ao longo dos séculos com sucessivos aterramentos.

Segundo Gracy Mary, bisneta da Tia Ciata, desde que se tornou de conhecimento público que o cais estava soterrado naquele local, começou a movimentação para tornar o local um patrimônio.

"Fizemos o dossiê de elaboração para entregar para a Unesco e ficamos felizes no dia da votação , que fomos contemplados. Viram que era um bem de valor excepcional que culminou nesse movimento de resgate da memória e valorização do patrimônio e da história do Brasil que não foi contada", afirmou Gracy.

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