O editorial do Jornal "O Globo" que considerou que o Brasil perdeu substancial relevância no grupo originalmente fundando por ele mesmo (Brasil) Rússia, Índia e China, posteriormente com o ingresso da África do Sul é na minha opinião uma analise correta. Basta lembrar que com o ingresso da Argentina, o Brasil não mais será o único país da América Altina presente no bloco de "pesos pesados". O Jornal da Família Marinho analisa que é importante que o país continue no Bloco, devido ao seu peso, mas que com as novas adesões perderá espaço. E sim, essa opinião é realmente o novo retrato do país no bloco.
Abaixo reproduzo trechos do editorial. Leia:
"Para o Brasil, não se pode falar propriamente em derrota — ainda é vantajoso estar num bloco com as maiores potências emergentes —, mas o resultado certamente reflete a perda de relevância brasileira na cena global. Dos quatro fundadores originais do Brics — Brasil, Rússia, Índia e China —, o Brasil é o único cuja influência diminuiu desde a criação do bloco, em 2009", afirmou o Globo.
Editorial do Globo aponta desvantagens para Brasil e Índia
Segundo o jornal, tanto para Brasil como Índia, o Brics ampliado traz "desvantagens evidentes". "A perda mais óbvia é a diluição de poder no grupo. O perigo é ser visto como — ou se tornar — coadjuvante da China. Talvez por isso não faltaram declarações de que o Brics não é resposta ao G7, grupo que reúne as principais potências ocidentais e o Japão. Embora os americanos não estejam dando muita importância à ampliação, ela corresponde aos anseios chineses", afirmou.
"Quanto ao Brasil, a expansão do Brics deveria ensinar que a realidade é como ela é, não como gostaríamos que fosse. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva até tentou apresentar como vitória a entrada da caótica Argentina no bloco e uma menção no comunicado final do encontro à necessidade de reforma na ONU", diz o Globo.
Apoio veio com promessa de apoio da China as pretensões do Brasil
Me pareceu muito estranho a mudança repentina de posição do governo brasileiro sobre a expansão, já que o Itamaraty mesmo sinalizava que a posição do Brasil era, até então contraria, justamente porque o pais perderia parte de sua relevância no bloco. Ao que parece o governo brasileiro comemorou uma nota da China e outros membros apoiando uma reforma permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Fica a pergunta: o Brasil trocou de posição por uma nota, que no final das contas não vale de garantia? Afinal uma reforma no Conselho de Segurança da Organização não envolveria apenas e tão somente o Brasil, você acredita que os chineses queiram ver seus adversários japoneses e indianos permanentemente numa eventual ampliação? Eu sinceramente, acho que não.