Como o portal ND1 vinha cobrindo em sua editoria de política, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou nesta sexta-feira (30) o ex-presidente da República Federativa do Brasil Jair Bolsonaro (PL) pela propagação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas. Com isso, Bolsonaro ficará inelegível pelos próximos oito anos. O julgamento encerrou com o placar de 5 a 2 contra o ex-presidente.
Jair Bolsonaro cansou de atacar o sistema eleitoral brasileiro em uma reunião com embaixadores em junho de 2021. Na visão da Corte Eleitoral, Bolsonaro cometeu abuso de poder político ao transmitir a reunião na TV Brasil, emissora estatal do governo federal.
Além do relator, ministro Benedito Gonçalves, os ministros Floriano Marques Neto, André Tavares, Carmen Lúcia e Alexandre Moraes votaram pela condenação. Os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques abriram divergência e pediram a absolvição do ex-presidente.
Na visão do relator, o ministro Benedito Gonçalves, Jair Bolsonaro cometeu erro grave de uso indevido dos meios de comunicação ao transmitir reunião com teor de descrédito ao sistema eleitoral brasileiro.
"No caso dos altos, a extrema gravidade do uso indevido de meio de comunicação foi potencializada pelo uso dos símbolos da presidência da República como arma anti-institucional, visando levar a atuação da justiça eleitoral ao completo descrédito perante a sociedade e a comunidade internacional", disse o ministro em seu relatório final.
Bolsonaro tem declarado a aliados próximos e até publicamente que sua mulher, a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro poderá se tornar a candidata na disputa nacional de 2026, uma vez que ele já temia ficar inelegível.